Na manhã desta segunda-feira (07) foi dado início às oficinas de elaboração de ações estratégicas. Os eventos estão sendo desenvolvidos pela Secretaria de Estado do Planejamento, em parceria com a equipe de consultores do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Nesse primeiro dia, o tema foi “Mineração, Agronegócio e Energia”.
Em fala de abertura de Rejane Tavares, secretária do Planejamento, foi reforçada a importância das oficinas para a constituição da Agenda 2030 – ODS Piauí, que será o instrumento de consolidação do planejamento estratégico de longo prazo do estado.
“Este é um momento de debate, de troca de ideias e de contribuição efetiva da sociedade, para que possamos ter um plano de ações que envolvam desenvolvimento sustentável e inclusão social e para que sejam identificadas as barreiras onde as políticas públicas possam entregar atividades e resultados para cada um dos doze territórios piauienses”, afirmou Rejane.
Além disso, a ocasião inicia a comemoração de 15 anos da instituição da Lei de Desenvolvimento Participativo, inaugurada em 2007. Segundo a secretária, “como em outras reuniões que envolvem o governo e a sociedade civil, essa é uma discussão conjunta, a fim de que o estado consiga responder com propriedade às questões: Qual o Piauí que queremos para o presente e aonde o Piauí quer chegar?”.
Em seguida, a fala foi passada para Ariane Favareto, coordenadora geral para elaboração da Agenda 2030, que enfatizou o processo de reflexão das oficinas. “Focamos nos vetores econômicos piauienses para selecionar os eixos a serem debatidos, depois de pesquisas de campo aos territórios entre os meses de agosto a novembro de 2021 e entrevistas com mais de 150 informantes-chave, dentre eles representantes do poder público, de movimentos sociais e de projetos inovadores. Assim, buscamos conhecer as realidades sociais e os problemas enfrentados e chegamos à proposta das oficinas, em que contamos com o conhecimento geral para atingir as respostas às estratégicas almejadas e com a construção coletiva das soluções”, declarou Ariane.
Árvore de Soluções
Durante a oficina e, principalmente, no momento de sistematização dos dados da pesquisa de campo, utilizou-se a técnica metodológica da “Árvores de Problemas”, que facilitar identificar causas e consequências das barreiras encontradas. Assim, num momento inicial, são localizadas as suas causas e, logo após, o problema central, para que os seus efeitos estejam em foco.
Com a definição do problema central, ocorre a fase de transformar os pontos negativos em positivos, a partir de ações estratégicas, de objetivos a serem alcançados e de projetos a serem desenvolvidos, modificando a Árvore de Problemas para Árvore de Soluções.
Quanto ao Agronegócio, intempéries como falta de regulação e diretrizes para o uso rural e as deficiências no sistema de controle do uso da água foram identificados. Já em Energia, o seu alto custo e a interrupção de seu fornecimento foram apontadas como questões a serem resolvidas. Por fim, em Mineração, o olhar recaiu na degradação ambiental e na necessidade de regularização fundiária. Com esses e outros problemas, buscaram-se, nessa oficina específica, as soluções que podem ser alcançadas para sanar as deficiências e que comporão os relatórios técnicos, a partir do debate e da sistematização de propostas pela equipe técnica e pelos participantes do evento.
O primeiro dia de oficina contou com 95 participantes virtuais, entre eles representantes da Secretaria de Educação, da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Secretaria dos Transportes, do Movimento dos Pequenos Agricultores, do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural, da Universidade Estadual do Piauí e outros.
Próximas oficinas
Nos dias seguintes, outros vetores econômicos serão abordados e debatidos, seguindo o cronograma e os endereços de link logo abaixo: