Na última semana, a secretária de planejamento Rejane Tavares participou de reuniões no Território da Serra da Capivara para debater uma nova estrutura dos Conselhos de Desenvolvimento Territorial Sustentável (CTDS). Na companhia dos consultores contratados pelo Programa das Nações Unidos para o Desenvolvimento (PNUD) e do Agente Territorial Erasmo Carlos, a principal pauta discutida foi a maior participação da população e de instituições nas demandas dos territórios.
Em visita à comunidade Moisés, integrada ao Quilombo Lagoas, a secretária se reuniu com representantes de setoriais e associações, como a Associação das Mulheres Produtoras Rurais. Na ocasião, aproveitou para mostrar aos presentes os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“A Seplan está, atualmente, elaborando a Agenda 2030, que conta com uma série de ações e prioridades que encaminharão gestores e os próprios piauienses para onde nosso estado deve ir nos próximos anos. São caminhos e vias de desenvolvimento que serão implementados em cada um dos doze territórios”, explicou.
Além disso, escutando as demandas locais, pensou coletivamente em estratégias para o processo de fortalecimento do quilombo. Para Cláudio Teófilo, vice-presidente da Associação Territorial do Quilombo Lagoas, “temos como propostas uma feira solidária, que uniria a agricultura com os serviços gerais para fazer uma circulação maior de renda, a partir de venda e troca de produtos locais, além de uma escola territorial que ensina às crianças a realidade quilombola por meio de uma metodologia adequada que exponha a nossa luta e as nossas culturas”.
Já em reunião com o Conselho Territorial da Serra da Capivara, a secretária apresentou um modelo novo para a estrutura do conselho. Com a presença de entidades como o Banco do Nordeste, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, a Associação Comunitária de Produção e Serviços dos Agriculturas Familiares (ASAF), entre outros, foi debatida essa nova estrutura.
Segundo Rejane Tavares, “a ideia é integrar mais ainda diversos setores com a política territorial do Piauí, articulando o poder público e a sociedade civil com ONGs, agências de fomento, universidades, empresas privadas, movimentos e coletivos”. Complementou ainda que “é importante trazer para perto um cruzamento das instituições diretas com os Agentes Territoriais, colocando-os integralmente com o envolvimento na política”.
Com a intenção de também unificar áreas de desenvolvimento com estudos e pesquisas realizadas no estado, José Jaime Matoso, professor da Univasf de São Raimundo Nonato-PI, defendeu que é necessária “uma sensibilização coletiva quanto aos territórios e quanto à governança, para que os saberes piauienses sejam utilizados para reconhecer as potências do nosso estado e do papel do Conselho”.
Ainda em reunião posterior com os gestores e coordenadores territoriais, apresentando essa nova estrutura, a secretária reafirmou o quanto é imprescindível que estes sejam agregados ao CDTS. “A partir das demandas escutadas dentro do próprio território, com o apoio das estruturas de coordenação, a política fica fortalecida e visualizamos mais ainda o desenvolvimento do Piauí”, disse.