A Sexta Programada desta semana (03 de setembro) traz palestras sobre o tema: Perspectivas do desenvolvimento socioeconômico no Nordeste e no Piauí e vai apresentar três expositores: Fernando Galvão, economista, professor e conselheiro do Conselho Regional de Economia (CORECON-PI); João Victor Souza da Silva, professor e coordenador do Curso de Ciências Econômicas (UFPI); e Amanda Almeida, economista e gerente de Estudos Econômicos (Cepro/Seplan). Como mediador, Manuel Moedas, analista e coordenador da Conjuntura Econômica da Superintendência Cepro/Seplan. O encontro é virtual, através da plataforma Cisco Webex, às 11h.
Fernando Galvão, o primeiro expositor, vai debater o modelo agrícola piauiense e o que precisa mudar para o desenvolvimento do Estado. “Vamos abordar as duas dimensões, tanto o agronegócio quanto a agricultura familiar, que geram um modelo agrícola mal pensado, mal planejado e, historicamente, mal executado. Desse ponto de partida quero contribuir para o programa Sexta Programada, importante canal que promove a interação entre diversos pontos de vista que podem contribuir para um amadurecimento das políticas públicas em todas as áreas e para que elas estejam alinhadas sempre com o objetivo principal, que é a geração de bem-estar da sociedade, da coletividade”, ressaltou.
O expositor João Victor Silva vai falar sobre a janela de oportunidade e desafios para a economia do Nordeste e do Piauí, principalmente no contexto da transição tecnológica, que foi acelerada pela Covid-19. “Estamos vivendo outras formas de gerar riquezas. Os empregos estão diferentes, através de serviços de tecnologia de comunicação, que impactam diretamente sobre o trabalho, sobre as relações sociais e tudo isso modifica a forma como o nosso Estado se insere com resto do mundo. Outra questão importante é que o Piauí possui um potencial enorme para as energias renováveis”, explicou.
Segundo o seu estudo, o que se espera é que nas próximas décadas o consumo de energias não renováveis caiam a quase zero e aqueles países que tiverem potencialidade de produzir energia limpa vão se destacar no cenário internacional. “O nosso estado tem uma grande vantagem na produção de energia solar e eólica, então o foco da discussão vai ser em torno de como essa transição tecnológica do século XXI gera desafios e oportunidades para a economia piauiense, tanto em questão de ritmo econômico e geração de emprego e renda como também com a transição tecnológica para energias limpas, sem esquecer os impactos negativos, como a precarização do trabalho, o processo de informalidade e o trabalho barato”, acrescentou o professor.
Já a palestrante Amanda Almeida vai expor os resultados observados no primeiro trimestre de 2021 para alguns dos principais segmentos abordados na Conjuntura Econômica publicada no final do mês de agosto pela Seplan, trazendo os dados da agricultura, comercio, serviços, comercio exterior, transporte aéreo e emprego formal. “Os dados utilizados para a análise destes seguimentos têm como fontes IBGE, Equatorial, Ministério da Industria, Comercio Exterior e Serviços, CAGED, entre outros. A partir dessa exposição será possível trazer para o debate as perspectivas da economia piauiense frente aos desafios postos no cenário atual de pandemia do Covid-19 bem como comparar o desempenho do Estado em relação às demais UF’s do Nordeste”, relatou.
Amanda ainda destacou a importância da Sexta Programada. “É um evento que permite a socialização do debate acerca de temas relevantes que vêm sendo pesquisados pela superintendência Cepro no âmbito da Conjuntura Econômica e Social do Estado do Piauí. Nesse sentido é uma oportunidade de intercâmbio de conhecimentos tanto internamente quanto com a sociedade civil e com representantes da academia e demais instituições que contribuem de forma significativa para os estudos sobre a realidade do nosso estado”, concluiu.
