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Cepro publica o estudo Participação das mulheres piauienses nos espaços sócio-ocupacionais
30/03/2021 - 19:11  
  
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O boletim temático sobre a participação das mulheres piauienses nos espaços ocupacionais é uma publicação feita pela gerência de Estudos Sociais e pela gerência de Estudos Econômicos da Cepro e tem o objetivo de evidenciar o protagonismo feminino, trazendo para a discussão indicadores relacionados a educação, ao trabalho, a renda e a violência contra as mulheres. Os dados são extraídos do IBGE, tanto da Pnad – Covid-19 e Pnad anual, como também informações contidas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.  

Segundo Juciara Linhares, gerente de Estudos Sociais da Cepro, o boletim traz temas relacionados à participação da mulher na força de trabalho, no ensino superior na função docente, que está em constante crescimento na série histórica observada em âmbito nacional. “Nos cargos gerenciais, elas ainda continuam sendo minoria, o que reforça a desigualdade na participação das tomadas de decisões, mesmo a gente observando que as mulheres possuem melhores índices educacionais. Isso também em âmbito nacional”, relatou. 

No que se refere a situação e a participação da mulher no Piauí, o estudo traz dados sobre a formalidade no trabalho que apontam que as mulheres são maioria no serviço público estatutário, ocupando 64,54% dos cargos. “Outro ponto importante que cabe ressaltar é em relação a escolaridade das mulheres que, em geral, frequentam a escola em níveis de ensino adequados as suas faixas de idade e apresentam maior escolaridade completa que os homens. A gente observa que as mulheres têm essa representatividade em relação a escolaridade, pois apresentam em média uma escolaridade superior à dos homens, porém, quanto ao rendimento, ainda é menor que o dos homens, de acordo com o estudo”, explicou Juciara.  

Além dos temas relacionados ao mercado de trabalho, saúde e educação, a publicação também traz dois indicadores de violência contra as mulheres. “Um deles é a taxa de homicídio, que a gente observa uma queda nessa taxa entre os anos de 2016 e 2019. Em relação a taxa de feminicídio no Piauí, entre os anos 2015 e 2020, vimos oscilações, sendo que em 2020, a cada 100 mil mulheres, 1,6 morreu em razão do feminicídio”, observou. 

O estudo destacou que apesar dos avanços, ainda é necessário ampliar o movimento de luta para novas conquistas, pois, embora a escolaridade das mulheres seja superior à dos homens, a remuneração não acompanhou esse ritmo de aumento, mantendo-se inferior, com desigualdade salarial. “E outra questão importante é o percentual de trabalhadoras associadas aos sindicatos que é superior ao dos homens e, aqui no Piauí e no Nordeste, as mulheres também se sobressaem nessa participação, fato este que contribui para um engajamento, para uma politização, para um debate mais qualificado, para que a mulher possa também se destacar nessas arenas públicas de discussão, para trazer à tona todo esse movimento a favor das mulheres”, concluiu Juciara Linhares. 

Acesse a publicação completa aqui. 

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