O boletim de risco epidemiológico da Covid-19 desta semana mostra o Piauí sem regiões com alto risco. A análise foi baseada a partir das duas semanas anteriores, que abrangeu o período de 20/09/2020 a 03/10/2020.
Segundo o médico intensivista Bruno Ribeiro, membro do COE Piauí, os destaques desta semana foram as regiões de Teresina e de Bom Jesus. “Teresina voltou ao risco médio-baixo, mas continua reduzindo leitos e a qualquer momento pode subir o risco de novamente. Já em Bom Jesus abriram os leitos de UTI. Hoje não temos nenhuma região com risco alto”, declarou.
Análise do risco epidemiológico – 04/10/2020
A região de Parnaíba teve o risco epidemiológico reduzido de médio para baixo, devido à diminuição do número de casos e internações, além do aumento do número de leitos COVID disponíveis. Parnaíba é o município com maior incidência, enquanto Cajueiro da Praia apresenta a maior taxa de mortalidade da região.
O risco epidemiológico da região de Piripiri elevou-se de baixo para médio-baixo, explicado pelo aumento do número de casos novos e internações na última semana. Luzilândia é o município com maior incidência e Barras com a maior taxa de mortalidade.
Teresina e região tiveram o risco epidemiológico reduzido de médio para médio-baixo, pela manutenção da baixa propagação da doença aliada à pequena diminuição da taxa de ocupação dos leitos de UTI COVID na última semana. Demerval Lobão é o município com a maior incidência e Água Branca tem a maior taxa de mortalidade.
A região de Floriano manteve o risco epidemiológico médio da semana anterior, causado pela baixa propagação da doença, porém com elevada taxa de ocupação dos leitos COVID, principalmente de UTI. Baixa Grande do Ribeiro tem a maior incidência, enquanto Uruçuí apresenta a maior taxa de mortalidade da região.
Oeiras teve o risco epidemiológico reduzido de médio-baixo para baixo, ocasionado pela diminuição do número de casos novos e internações na última semana. Santa Cruz do Piauí apresenta a maior incidência de COVID-19 na região, bem como a maior taxa de mortalidade.
Houve manutenção do risco epidemiológico médio-baixo na região de Picos, devido aos índices constantes de propagação da doença e ocupação dos leitos COVID. O município de Wall Ferraz apresenta a maior incidência da região, enquanto Picos tem a maior taxa de mortalidade.
São Raimundo Nonato e região mantiveram o risco epidemiológico médio-baixo da semana anterior, pela média propagação da COVID-19, associada à boa disponibilidade de leitos clínicos e de UTI. Lagoa do Barro do Piauí é o município com maior incidência da região, enquanto Várzea Branca apresenta a maior taxa de mortalidade.
A região de Bom Jesus teve o risco epidemiológico reduzido de alto para médio. Além da estabilidade do número de casos e redução do número de óbitos na última semana, houve abertura dos leitos de UTI COVID do Hospital Regional de Bom Jesus, com aumento da capacidade de atendimento na região. O município polo de Bom Jesus apresenta a maior incidência da região, enquanto Rendenção do Gurguéia tem a maior taxa de mortalidade.
Desde o início do levantamento do mapa do risco epidemiológico regional relacionado à COVID-19 no estado do Piauí, esta foi a segunda semana na qual nenhuma região foi classificada como risco epidemiológico alto.
O estado do Piauí foi dividido em oito regiões assistenciais voltadas para a COVID-19, cada uma possuindo sua respectiva cidade polo. O risco epidemiológico relacionado ao relaxamento das medidas de isolamento social no estado do Piauí vem sendo avaliado desde 1 de junho de 2020 pelo Comitê PRO-Piauí, utilizando para isso uma matriz de risco baseada na propagação da doença COVID-19 versus a capacidade de atendimento dos diferentes territórios. O índice de propagação da doença é calculado a partir do número de casos novos da doença registrados por semana, número de internações e óbitos no mesmo período, enquanto o índice que avalia a capacidade de atendimento é obtido a partir da porcentagem de leitos de UTI e enfermaria disponíveis para atender portadores da COVID-19, bem como da proporção de leitos com respiradores por 100 mil habitantes em cada região assistencial.