O secretário de Estado do Planejamento, Antonio Neto, coordenou hoje, 30, a abertura do comitê regional do programa Pro Piauí, da cidade pólo de Piripiri, no território dos Cocais. O comitê Pro Piauí é responsável por coordenar as ações do programa Pacto de Retomada Organizada das Atividades Econômicas, e os comitês regionais farão o monitoramento do cumprimento do calendário de abertura e das medidas sanitárias e de distanciamento social exigidas.

A prefeita de Esperantina, Vilma Amorim, elogiou a iniciativa de criação do comitê, mas enfatizou os desafios enfrentados pelo poder municipal. “A iniciativa é importante para nos fortalecer nesse desafio que é aplicar os protocolos de reabertura para a população. Nós enfrentamos não só o desafio quanto a população local, mas também com a vinda da população do estado vizinho para realizar saques do auxílio emergencial, por exemplo, compras e para procurar atendimento médico. Nós temos o desafio de convencer as pessoas a se protegerem, mas também, os desafios orçamentários, pois a conta do atendimento das pessoas de outras cidades que não aplicam a prevenção fica com a prefeitura. Temos casos de empresas alterando seu objetivo social para poderem abrir vendendo bens de primeira necessidade, para burlar os decretos de isolamento social. Então são muitos desafios que os prefeitos enfrentam e esperamos que esses comitês venham para somar nesse trabalho de contenção do vírus, até que chegue uma vacina”, disse.

Todas as cidades do território apresentaram casos confirmados, sendo que Piripiri, Luzilândia, Joaquim Pires, Joca Marques, Madeiro, São João do Arraial, Matias Olímpio, Porto e Barras estão apresentando uma incidência 150% maior que a média nacional. “É preciso ter cuidado, exatamente para não retornemos à situação de alto risco. Então esse é um dos trabalhos que o comitê vem fazendo, para que possamos ter condições de acompanhar a retomada das atividades econômicas com mais cuidado”. Alertou a superintendente de Estudos Econômicos e Sociais da Seplan, Liége Moura.

Sobre a importância dos protocolos, a fiscal sanitária, Christiane Miranda, afirmou que o grande desafio da Covid-19 é impor as medidas preventivas. "Essas medidas são ações extremamente necessárias, pois precisamos da adesão dos protocolos até que haja de fato uma vacina. Hoje, os protocolos são a nossa principal forma de contenção da propagação do vírus. Então temos um trabalho incisivo de orientar, de monitorar e fiscalizar. Esses comitês contribuem enormemente com a situação do monitoramento no Piauí, pois eles trazem a experiência técnica operacional para a realidade local, fortalecendo as ações do governo do estado e sendo um esforço conjunto da sociedade para atuar junto às empresas, observando as exigências higiênico-sanitárias. Quanto maior a adesão, maior segurança sanitária você terá. O caminho é o da prevenção e esse caminho tem que ser técnico-cientifico”,  destacou.

O diretor de Planejamento Territorial da Seplan, Jairo Jr., destacou a importância dos comitês para uma abertura sustentável, evitando uma escalada nos números que levariam a um novo fechamento da economia. “O aumento nos números da Covid-19 tem um impacto social, tem um impacto expressivo na saúde, mas também tem um impacto no nosso trabalho de retomada, uma vez que esse abre e fecha é danoso para a recuperação econômica dos municípios e do estado como um todo e dificulta decisivamente na retomada sustentável da nossa economia. É importante evitar isso, então os comitês têm esse importante papel de atuar no fortalecimento da comunicação, de agregar valor no aval da população e para estimular o exercício amplo e contínuo desses protocolos”.

 O PRO-Piauí define as estratégias para retomada das atividades econômicas em vários setores, durante o período de pandemia. O programa trata de investimentos em áreas sociais, e também, na economia.  O grupo é coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), com a participação de representantes da Secretaria de Governo (Segov), Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Divisão de Vigilância Sanitária; Associação Piauiense de Municípios (APPM), Prefeitura de Teresina, representantes dos trabalhadores e dos empresários e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems-PI).