O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), apresentaram, nesta quarta-feira (29), no auditório da Academia Piauiense de Letras, o relatório final do projeto “Mulheres Resilientes, Cidades Resilientes”.
Segundo Ismália Afonso, analista de Programa de Gênero e Raça do Pnud no Brasil, o estudo é uma estratégia inovadora para elaborar respostas mais eficazes à complexidade dos diferentes desafios para o desenvolvimento sustentável do público feminino. “Estamos chegando hoje ao final do projeto “Mulheres Resilientes, Cidades Resilientes” que contemplou cinco municípios da região metropolitana de Teresina e que representou o esforço de identificação de problemas e aprofundamento de propostas de solução para a igualdade de gênero e empoderamento econômico de mulheres jovens nas cidades de Teresina, Demerval Lobão, José de Freitas, Nazária e Timon, no Maranhão. O relatório apresenta um conjunto de 20 propostas voltadas para a melhoria da capacidade produtiva das mulheres jovens desta região, num rol de sugestões com base num trabalho de um ano de diagnóstico e de construção coletiva com gestores e trabalhadores dos equipamentos públicos, onde as mulheres são atendidas”, explicou. Os cinco municípios concentram uma população de 1,25 milhão de habitantes.
O relatório apresenta sugestões que visam melhorar as perspectivas de gênero no desenho das políticas públicas para as mulheres, abordando desde a saúde integral, a uma vida livre de violência, além da redução da sobrecarga de trabalho, principalmente os não remunerados e de ações que objetivam melhorar a inclusão produtiva e o acesso ao trabalho, emprego e renda. Um conjunto de medidas integradas para fortalecer e acelerar o desenvolvimento das mulheres nesta região.
O secretário do Planejamento, Antonio Neto, destacou a importância da cooperação Seplan-Pnud, que fez do Piauí o estado pioneiro na implementação desse projeto. “Temos agora um documento que norteará o desenvolvimento de políticas públicas para as mulheres, um diagnóstico para instrumentalizar as prefeituras e demais órgãos públicos a materializar mudanças voltadas à igualdade de gênero”, afirmou.
O estudo contou com o apoio de especialistas em cada temática identificada como gargalo para o desenvolvimento das mulheres na região. Entre as medidas identificadas como relevantes para assegurar a resiliência deste grupo destacou-se a criação de uma Rede Intermunicipal, cuja função é a articulação das políticas e alinhamento dos entendimentos para a gestão das políticas voltadas à igualdade de gênero e para atenção às mulheres e meninas nos equipamentos públicos dos municípios do Estado, de maneira a garantir que as ações estejam acessíveis às mulheres piauienses.