O Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), implantaram, nesta quinta-feira (14), a Coordenação Estadual para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O evento aconteceu com a presença do governador Wellington Dias, no Palácio de Karnak.
Wellington Dias ressaltou a importância da criação da Coordenação “É complexa a organização de um plano global, mas foi um dos maiores avanços da humanidade saber qual é o planeta, no nosso caso, saber o Piauí que queremos em 2030. Recebi hoje o relatório e apresentação do plano e agora vamos trabalhar integrado com os municípios e com a coordenação para os ODS, que vai nos ajudar na implementação e acompanhamento das metas traçadas. Queremos, dentre muitas coisas, reduzir a mortalidade infantil, melhorar indicadores em educação, reduzir feminicídio, melhorar a renda e avançar na erradicação da pobreza”.
O evento de hoje marca também um ano da parceria entre o Governo do Piauí e PNUD. “O evento mostra a importância que a parceria com o PNUD teve para nos ajudar a repensar e refletir a política de desenvolvimento territorial, que é a base para construir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) lá na ponta, junto com a população”, explicou a superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan. Rejane Tavares.
Os ODS são uma pactuação mundial baseada nos objetivos que todos os países fecharam num acordo para a melhora dos níveis de desenvolvimento, contemplando, por exemplo, a inclusão social, o fim da pobreza, a conservação ambiental e a inclusão da mulher de forma pró-ativa, entro outros, necessários para a construção de uma sociedade de fato sustentável para todos.
Rejane Tavares destacou ainda a importância de todos os entres para atingimento das metas. “Não se faz desenvolvimento hoje só com o governo, só com a iniciativa privada, ou sem a sociedade. É de um tripé de responsabilidade. Precisamos que o governo se responsabilize pela sua parte, com ações que ele tem que desenvolver. Que a iniciativa privada também assuma seu papel como agente de desenvolvimento sustentável e que cumpra esse papel dentro de processos inclusivos; e a sociedade assuma seu compromisso de responsabilidade participativa, pró-ativa construindo junto com esses entes.
Segundo Rejane, a meta de construção de todos os objetivos é 2030, mas o Piaui já está no processo de construção do caminho, tendo todo o processo de planejamento do Estado e o PPA, montados para que se consiga contribuir com o atingimento dos ODS: “ O estado tem grandes desafios a cumprir. Um estado que tem a sua base produtiva pautada numa agricultura, como é a agricultura extensiva da soja, precisa ter um cuidado enorme com corretivos, medidas de conservação, medidas compensatórias e evoluir para um processo de agricultura sustentável, com diluição de insumos, de agrotóxicos, para que a gente possa ter, de fato, uma produção sustentável. Isso é um processo, não dá para dizer que daqui para amanhã a gente muda, mas se a gente não começa a agente também nunca faz “, avalia Rejane.
Durante o evento foi lançada, também, a plataforma digital, que vai servir de canal de comunicação entre a secretaria, o governo do Estado, o próprio PNUD e a sociedade civil. “As pessoas vão ter acesso a tudo que está sendo feito, a todas as informações, a todos os indicadores, e vão poder dialogar, contribuir e dar sugestões. Com isso a gente estreita o canal de comunicação entre governo, cooperação internacional e sociedade civil como um todo”, completa A superintendente.
Ieva Lazarevicute, assessora de desenvolvimento territorial do PNUD, destacou a necessidade da realização de ações que impulsionem o desenvolvimento sustentável no Estado, “ O Piauí e o mundo tem determinados desafios e eu diria que o principal é garantir que quando solucionado um problema, a situação do outro lado não piore. Para isso podemos trabalhar de uma forma integrada econômico, social e ambientalmente. A comissão que foi instituída hoje é essencial para isso, pois se não existe um único espaço de diálogo em diferentes setores e áreas temáticas, não há como garantir esse alinhamento. É uma contribuição indispensável para tanto, mas também para o monitoramento, assegurando que os compromissos sejam cumpridos e, nesse sentido, a plataforma que está sendo lançada é importante no processo, pois é uma ferramenta dinâmica para monitorar o progresso”.