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SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO
Oficina capacita mulheres na luta por direitos
17/10/2019 - 12:32  
  
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Hoje e amanhã (17 e 18 de outubro) está sendo realizada oficina do projeto “Mulheres resilientes = Cidades resilientes”, na escola do Tribunal de Contas do Estado. O projeto é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, em parceria com a superintendência Cepro, que subsidia a elaboração desse trabalho com dados estatísticos para sua fundamentação.

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No Brasil, as mulheres jovens são a maioria das vítimas de feminicídio e de mortalidade materna e também são elas as que mais sofrem com a falta de emprego, daí a iniciativa do PNUD de desenvolver um projeto para melhorar a autonomia financeira de mulheres piauienses com idades entre 18 e 29 anos. As ações estão sendo realizadas em cinco municípios da região metropolitana de Teresina: Teresina, Demerval Lobão, Nazária, José de Freitas e em Timon, no Maranhão.

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Segundo o secretário de Estado do Planejamento, Antonio Neto, essa experiência em cinco municípios da Ride Teresina, tem um grau de abrangência muito bom em relação a questão de gênero e o resultado do projeto será capaz de gerar, de proporcionar para as cidades envolvidas na pesquisa, a possibilidade real de criação de políticas públicas mais consistentes para o enfrentamento dos grandes gargalos dessa temática. “A Seplan está participando com o grupo de trabalho da Cepro, que está ajudando na parte de aprofundamento do trabalho e das pesquisas. Depois vamos chamar os gestores, os prefeitos e secretários para que possamos transformar em ações concretas para o fim da violência contra a mulher, para a melhoria da saúde, da educação, da perspectiva de emprego e renda e todas as outras questões relacionadas aos temas do projeto”, explicou Antonio Neto.

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Para Maurilo Oliveira, coordenador do escritório do Pnud no Piauí, o evento é uma oficina de capacitação na área de políticas para mulheres e faz parte de uma iniciativa do PNUD no Piauí, uma iniciativa piloto, inclusive no Brasil, que busca fortalecer a posição da mulher, a resiliência dela no mercado de trabalho frente as crises econômicas. “É uma oficina para capacitar mais pessoas que atuam no segmento e que podem aprimorar a participação política, não só na elaboração da proposta, mas na orçamentação das políticas públicas voltadas para mulheres no Piauí”, disse.

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O resultado almejado desse programa é a construção de políticas públicas para o fortalecimento das mulheres no mercado de trabalho, ou seja, afastar os principais obstáculos que dificultam o desenvolvimento da mulher, para que consigam uma carreira profissional e uma melhoria da renda como profissional do mercado de trabalho. “A saúde da mulher e a violência por questão de gênero são temas muito fortes. A mulher tem uma dificuldade maior de se manter no mercado por ter a preocupação com o cuidado, seja com crianças, com idosos ou com o lar. Estes temas estão sendo discutidos e vão gerar um documento com políticas recomendadas para o estado do Piauí. Apesar de ser um piloto em cinco municípios, a ideia é que isso extrapole para todo o Piauí”, relatou Maurilio.

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O objetivo é aprofundar o debate de gênero no estado, tanto do ponto de vista da gestão como do ponto de vista de quem entrega o serviço para a população, tanto do secretário como da assistente social que atende no CRAS, no CRES, e nos outros serviços, a promoção da saúde integral da mulher, o problema da saúde mental, do suicídio. “No eixo saúde a gente tem uma parte que é sobre a saúde mental, depois o tema de enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres, depois disso as políticas de cuidado, que são as que reduzem a sobrecarga de trabalho doméstico não remunerado das mulheres e por último e não menos importante, onde culmina o nosso esforço, que é o tema da educação para o trabalho e empreendedorismo. As mulheres estão ocupadas, realizam trabalhos domésticos e de cuidados com crianças e idosos, que historicamente não são reconhecidos, e elas estudam menos, se preparam menos e elas ganham menos no mundo do trabalho, no mercado do trabalho”, concluiu Ismália Afonso, analista do Programa de Gênero e Raças do Pnud no Brasil.

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O Pnud utiliza uma nova metodologia numa iniciativa para desenvolver políticas públicas abordando problemas sociais com o viés de gênero através de um olhar mais complexo e identificando a necessidade de empoderamento de mulheres jovens na região. As dimensões trabalhadas são: educação para o trabalho, inclusão produtiva, enfrentamento à violência contra as mulheres, promoção de saúde das mulheres, melhoria da transversalidade de gênero nos equipamentos públicos, e políticas de cuidados para a redução de sobrecarga de responsabilidade concentrada nas mulheres.

 

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