O projeto Mulheres resilientes = Cidades resilientes realizará, nos dias 17 e 18 de outubro, na escola do Tribunal de Contas do Estado (localizada na avenida Pedro Freitas, 2100, prédio anexo II) uma oficina de formação para atuação política voltada aos temas dos direitos das mulheres. As participantes serão as gestoras públicas, parlamentares, representantes da sociedade civil que já têm forte atuação no tema.
Principais vítimas de feminicídio e de mortalidade materna, as mulheres jovens também são as mais afetadas pelo desemprego e pela carga de trabalho não remunerado no Brasil. Numa tentativa de reverter essa situação, o projeto “Mulheres Resilientes = Cidades Resilientes”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Brasil, desenvolve uma iniciativa no Piauí que visa ao empoderamento econômico e à autonomia financeira de mulheres de 18 a 29 anos.
Depois de ouvir o governo local e analisar os indicadores da região, o PNUD definiu o empoderamento econômico das mulheres jovens como o principal desafio para o desenvolvimento. As ações do projeto são realizadas em cinco municípios – Teresina, Demerval Lobão, Nazária, José de Freitas e Timon (esse último, no Maranhão) – que, juntos, somam 1,05 milhão do total de 1,25 milhão de habitantes da região.
A ideia é compartilhar boas práticas de atuação conjunta entre esses atores sociais para que a pauta dos direitos das mulheres se mantenha entre as prioridades políticas e orçamentárias dos governos estaduais e municipais nos próximos anos.
De acordo com a analista de Programa de Gênero e Raça do PNUD, Ismália Afonso, o projeto Mulheres Resilientes = Cidades Resilientes desenvolverá, junto a governos estaduais e municipais, sugestões de ações de políticas públicas nas áreas de enfrentamento a violência, promoção a saúde, políticas públicas que reduzam a sobrecarga de trabalho doméstico não remunerado, de inclusão produtiva entre outras, com o objetivo de orientar sobre melhores políticas públicas a partir de uma perspectiva de gênero. “A ideia é que essas ações tenham um caráter fomentador de políticas públicas. A partir dessa série de sugestões, as prefeituras, Governo do Estado e outras representações do poder público na região metropolitana vão poder absorver as sugestões dentro dos seus instrumentos de políticas pública”, diz ela