Visitas de técnicos verificará junto às comunidades impactos sociais das atividades econômicas.
Realizada nesta segunda-feira (18) reunião do grupo de trabalho da Romaria da Terra, com o objetivo de avaliar as ações desenvolvidas junto às instituições que apoiam comunidades que são impactadas com projetos de mineração, energias alternativas e Transnordestina.
O secretário, Antonio Neto, explica que a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) ficou responsável pela coordenação e articulação das ações pactuadas com as entidades que atuam no âmbito de Romaria da Terra: “Foi feita uma reunião do Governo do Estado com os bispos da Região Nordeste 4, onde foi apresentada a pauta da Romaria da Terra, nesta pauta tem uma série de compromissos que o governo assumiu no sentido atender as demandas da romaria e das organizações vinculadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)”, explica.
A Seplan elaborou um plano de trabalho, que está sendo retomado junto aos órgãos como Secretaria de Desenvolvimento Rural e Interpi, e entidades como Cáritas, CNBB, Comissão Pastoral da Terra, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), entre outras. O plano de ação tem como objetivo visitar as comunidades atingidas, aplicar recursos do orçamento territorializado, que foi feito pela Seplan, para dar início à execução nas comunidades de uma série de ações que ajudam a atender algumas dessas demandas. São demandas na área de assistência técnica, meio ambiente, recursos hídricos, pequenos projetos produtivos. “A Seplan, que está organizando esta agenda, já fez um planejamento junto aos órgãos e agora nos vamos começar a executar efetivamente essas ações”, diz o secretário.
A Vice-Governadora, Regina Sousa, esteve presente à reunião de hoje e também a Romaria da Terra no ano passado, fez questão de reforçar a importância da realização dessas ações: “A gente quer da um foco no combate à pobreza de forma mais visível do estado, com ações concretas aos problemas concretos nas comunidades, nos Territórios. Acho que a Romaria da Terra faz esse trabalho para chamar a atenção para alguma coisa e ela chamou a atenção para a natureza, para água. Então é hora da gente agir com coisas concretas”, enfatiza Regina Sousa.
A partir do mês de março equipes formadas por técnicos das secretarias e da sociedade civil organizada farão visitas às comunidades para ouvir in locu os problemas que estão sendo enfrentados, por exemplo, com a chegada da mineração e da instalação das usinas eólicas. A atividade visa a aplicação de questionários, analise de dados e realização de seminários para a apresentação dos resultados.
Dom Plínio Luz, bispo de Picos destaca a importância dessas ações para as comunidades impactadas. Na região de Picos existem hoje quatro grandes projetos econômicos: a Transnordestina, que se encontra parada a energia eólica que está em pleno funcionamento, a mineração que já teve início, causando grandes impactos na região e a energia solar que está em processo de implantação. “Nos precisamos estar do lado desse povo porque tem muita gente que já sofreu e eu mesmo e toda a região esperamos a presença do governo para exatamente explicar para o povo o que são esses projetos e o que realmente vai trazer de benefícios para a região e como superar os impactos que o povo vem sofrendo”, diz o bispo.