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Piauí recebe missão do Fida para tratar de aditivo de R$ 120 milhões para Viva o Semiárido
22/02/2018 - 10:56  
  
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Deste total, 50% será financiado pelo Governo do Estado e a outra parte pelo fundo.
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A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural do Piauí (SDR) recebe, durante toda esta semana, uma equipe de consultores do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da Organização das Nações Unidas (ONU). A visita administrativa tem como objetivo planejar as ações referentes ao aditivo de, aproximadamente, R$ 60 milhões para o Programa Viva o Semiárido (PVSA). No total são R$ 120 milhões, 50% será financiado pelo Governo do Estado e a outra parte pelo fundo.
Essa missão trouxe consultores das áreas de aquisição, monitoramento e avaliação, financeira e ainda desenvolvimento produtivo para dialogar com as equipes de todos os órgãos de gestão do projeto Viva o Semiárido. Como parte dessa atividade, ocorreu uma consultoria sobre ovinocaprinocultura, ministrada por um especialista sênior em ruminantes do Fida, para beneficiários do PVSA com experiências exitosas nas cidades de Queimada Nova e Bethânia do Piauí.
De acordo com Lúcia Araújo, coordenadora do PVSA, o projeto está na fase de construção do aditivo e isso também pauta o processo de continuidade. “Está acontecendo a atualização das informações, como o projeto está sendo executado e, ao mesmo tempo, no processo de construção de perspectiva, de encaminhamentos e providências para o aditivo”, enfatizou Lúcia.
O oficial de projetos do Fida no Brasil, Hardi Vieira, ressaltou que vai ser dado continuidade aos projetos produtivos nos 89 municípios do Piauí junto com o pacote de assistência técnica nas cadeias produtivas mais viáveis e sustentáveis no semiárido piauiense. “Em comum acordo com o Governo do Estado, teremos, ao mesmo tempo, um novo componente. Será na área hídrica, principalmente ligado ao acesso à água para consumo humano e para produção”, explicou Hardi.
Durante a missão, também está sendo tratado sobre os arranjos operacionais de preparação deste aditivo. “Esperamos que ele seja operado o mais breve possível. Em maio de 2017, foi feita uma avaliação, durante a revisão de meio termo, e agora está sendo feita sobre o nível de implementação no seu quarto ano de implementação. Agora, a grande preocupação é na execução dos planos de investimento produtivo. Vamos acordar com o Governo do Estado mecanismos para acelerar a execução dos PIPs de modo que, em 2018, o foco seja no fechamento destas ações para que possamos entregar o maior número de planos às comunidades”, enfatizou Vieira.
O oficial antecipou que esta missão também está servindo para preparar a missão de supervisão do Fida, que será em maio deste ano, quando o grupo irá visitar comunidades atendidas pelo projeto. “Vamos querer o máximo de PIPs em fase avançada de implementação”, comenta Hardi.
Por ser um ano eleitoral, todos os convênios e termos de colaboração devem estar assinados e com a primeira parcela paga até o mês de junho. Por isso, as missões do fundo internacional, em 2018, estão concentradas em atingir grandes resultados ainda no primeiro semestre.
A agência da ONU também vai participar de reuniões específicas com a Comrádio, visando firmar parceria com o PVSA envolvendo juventude e comunicação, por meio da radiodifusão e um outro encontro com o programa federal Água Doce, para também realizar parceria com o Viva o Semiárido, já prevendo o apoio deste programa no aditivo, já que o acesso à água é um dos novos componentes do PVSA.
Oficina sobre aquisição
Aproveitando a missão Fida no Piauí, a SDR, por meio do projeto Viva o Semiárido (PVSA), realizou, nesta quarta-feira (21), uma oficina sobre aquisição, ministrada pela especialista principal em Aquisições do Fida, Lucianna Matte. A ação foi direcionada para os profissionais que atuam com assistência técnica e aos coordenadores das Unidades Regionais de Gestão do PVSA.
A consultora do Fida afirmou que o fundo tem a preocupação de orientar as pessoas que atuam em seus projetos. “Estas equipes lidam diretamente com as aquisições dos planos de investimentos produtivos (PIPs), com licitações e com os beneficiários que montam suas comissões de licitação. Dúvidas estão sendo ouvidas e esclarecimentos também estão sendo dados com base nas regras de diretrizes do Fida, com foco voltado para os princípios de licitações do fundo internacional, mas também para as regras nacionais. O Fida tem um olhar especial para os beneficiários e suas aquisições considerando o mercado que existe ao redor e seus entraves, além das limitações técnicas para estas realizações”, ressaltou Lucianna Matte.
Para Antônio José Costa de Oliveira, coordenador da URGP de Picos, a oficina está sendo de grande relevância por apresentar novos horizontes na hora de fazer aquisições para os planos de investimentos produtivos. “Também estamos elucidando dúvidas que permeiam tanto das URGPs quanto nas empresas prestadoras de assistência técnica. Ao retornar para nossas regionais, pretendemos nos reunir com as ATSs e também representantes de associações para repassar o que aprendemos. A ideia é multiplicar o que absorvemos e fazer com que estas informações cheguem às comunidades beneficiadas pelo PVSA”, concluiu Antônio José.
Autoria: Larissa Machado

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