A Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) estabeleceu uma parceria de cooperação com a Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) em prol do Laboratório de Estudos da Violência Contra a Mulher no Piauí - o ELAS VIVAS LAB. O acordo foi firmado entre as pastas e envolve também a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Ssp-pi), com o objetivo de produzir diagnósticos sobre a situação de violência e feminicídio no Piauí.
O ELAS VIVAS LAB é um laboratório intersetorial e colaborativo, instituído pela Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) em cooperação com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Ele reúne dados sobre a violência contra a mulher em todo o estado. "São dados da Casa de Abrigo, do Centro de Referência da Mulher, do Ônibus Lilás, do Ei mermã, não se cale, e de todos os equipamentos estaduais que fazem atendimento à mulher", informou a secretária das Mulheres, Zenaide Lustosa.
A cooperação entre as pastas tem o intuito de ampliar a coleta de dados sobre a violência e também sobre a realidade socioeconômica das mulheres. "A análise vai mostrar a realidade da situação, para que a gente possa avançar na elaboração de políticas públicas e fazer monitoramento das campanhas de enfrentamento que coordenamos", explicou a gestora.
Com a contribuição da Seplan, o laboratório poderá ampliar a observação dos dados, tendo acesso a boletins e informes socioeconômicos produzidos pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo - CEPRO - sobre a situação das mulheres no estado. "O papel da Seplan, através da CEPRO, é apoiar esses estudos, e também alinhar às pesquisas que já realizamos, com indicadores sociais e econômicos, trazendo um pouco mais sobre a situação dessas mulheres para além da violência, mas a própria realidade das condições de vida", explicou Lara Danuta, gerente de Estudos Sociais da CEPRO/Seplan.
"A ideia é também que a gente possa territorializar esses dados, trazendo apontamentos com base nos territórios de desenvolvimento", disse Lara, completando: "Assim poderemos localizar pontos mais específicos dentro do estado onde possa ser mais emergencial a atuação de políticas públicas para as mulheres".