Na última terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou que o Piauí realize um empréstimo externo no valor de R$600 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida).
Os recursos são destinados ao financiamento do Projeto Integrado de Segurança Hídrica, Sustentabilidade Ambiental e Desenvolvimento Socioprodutivo da Bacia dos rios Piauí e Canindé.
Serão dois empréstimos: o de US$100 milhões de dólares será junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o de US$18 milhões de dólares é pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida), uma agência da Nações Unidas.
Membro da Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) defendeu a aprovação das duas matérias. "Esses recursos são muito importantes para o Piauí, que tem um clima de transição. Vai do semiárido ao cerrado”, pontuou. “Esses recursos vão ser aplicados nos municípios do semiárido piauiense, que sofre todos os anos, como está sofrendo agora, com a questão da seca”.
Piauí Sustentável e Inclusivo
O “Piauí Sustentável e Inclusivo” (PSI) é um projeto de obras múltiplas a ser implementado nos 138 municípios dos sete Territórios de Desenvolvimento pertencentes à bacia hidrográfica dos rios Piauí e Canindé.
O Projeto tem como principais objetivos promover o aumento da disponibilidade hídrica em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades de consumo humano e de produção agrícola; promover a recuperação da cobertura vegetal em áreas de bacias hidrográficas; fortalecer a resiliência dos ecossistemas contra seca e prevenção de enchentes; melhorar o saneamento básico rural; fornecer apoio às agricultoras e agricultores na adoção de práticas e tecnologias inovadoras; orientar planos de negócios para jovens em atividades não agrícolas, mas que almejam expandir o seu envolvimento na economia rural; e, por fim, fortalecer instituições do governo estadual responsáveis pela gestão da água, conservação ambiental, governança fundiária e promoção do desenvolvimento rural sustentável.
A Secretaria de Estado do Planejamento tem o papel de coordenadora do projeto, atuando nas áreas de monitoramento e avaliação, gestão financeira, de aquisições e gestão ambiental e social. Além disso, será a principal articuladora entre os financiadores e órgãos executores das ações finalísticas do projeto (SAF, SEMARH e INTERPI).