A seleção dos indicadores utilizados no estudo considera um conjunto proposto pelo IBGE, a partir da participação do Brasil num grupo interinstitucional de peritos em indicativos de gênero. Desta forma, as análises sobre o tema também são importantes conforme o que estabelecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dentre eles, aquele que trata diretamente do alcance de igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas.
Segundo Juciara Linhares, gerente de Estudos Sociais da superintendência Cepro, na Seplan, o trabalho busca apresentar os indicadores de gênero mais recentes em nível estadual. “A partir dos resultados dos indicadores estudados podemos observar, com relação a inserção das mulheres na política, uma baixa participação, tanto na esfera estadual quanto na municipal, cabendo uma maior disposição para o engajamento nestes espaços”, afirmou.
Juciara também destaca outro aspecto observado: “embora as mulheres apresentem escolaridade média superior à dos homens, a participação delas no mercado de trabalho ainda não gerou rendimentos mais elevados. Elas ainda sofrem muitas restrições na ocupação dos espaços e também não detêm rendimentos superiores advindos da sua força de trabalho”.
No que se refere a violência, “fazemos um alerta, pois observamos um crescimento na taxa de homicídio de mulheres, estupro e estupro de vulnerável nos três últimos anos, 2019, 2020 e 2021. É necessário ter atenção em relação a esta situação para podermos contribuir com ações voltadas para o enfrentamento desta questão social”, concluiu a gerente.